Cristo, nossa páscoa foi sacrificado por nós. (I Coríntios 5.7)
Agora no mês de abril em que comemoramos a Páscoa, e que este ano cai no dia 21, muitas pessoas vão às ruas para comprar ovos de chocolate e peixes para a festa religiosa que lembra a Paixão e a ressurreição de Jesus. Contudo, a Páscoa comemorada pelo catolicismo difere da festividade judaica e com o novo sentido atribuído a ela por Jesus, na Ceia que Ele comeu com seus discípulos (Marcos 14.12-26).
Em hebraico, a palavra páscoa ou פֶּסַח (Pesaḥ ou Pesach) significa passagem, uma alusão à passagem do anjo do Senhor pelo Egito, ferindo de morte todos os primogênitos, antes de os Israelitas saírem de lá. Assim a Páscoa, símbolo de libertação, redenção, foi instituída por Deus, devendo ser observada anualmente por Israel. Um cordeiro sem macula deveria ser sacrificado e repartido entre os familiares, que o comiam com ervas amargosas e pães asmo (Êxodo 12.1-20).
A nossa Páscoa hoje está em Jesus. Jesus, o Cordeiro pascoal, foi morto à tarde do dia 14 do primeiro mês do calendário judaico, como previa a lei. Por isso, Paulo, falando aos coríntios, disse: Cristo, nossa páscoa, foi sacrificado por nós. Pelo que façamos festa não com fermento da maldade e da malicia, mas com os asmos da sinceridade e da verdade (I Coríntios 5.7,8). Portanto, o cristão deve celebrar a Páscoa do Senhor apresentando a Deus uma vida santa e agradável; um culto racional, sem hipocrisia, uma vez que foi liberto e remido no sangue de Jesus para uma nova vida de amor e santidade.
Não nos moldemos as paixões do mundo e nem a comercialização desta passagem. Que possamos oferecer os ovos de chocolate sim mais na lembrança e na certeza do que esta data realmente representa.