ELE SE DEIXA SER TOCADO
A Palavra tornou-se carne e sangue, e veio viver perto de nós. (Jo 1.14)
Jesus não é intocável. Ele se deixa tocar. Mesmo que você seja ou esteja imundo. Mesmo que esta imundícia seja mais moral que física. Repare como ele tomou a iniciativa de tocar o homem coberto de lepra. Sem nojo, sem medo, sem escrúpulo. Logo numa época em que a própria lei de Moisés obrigava o leproso a se manter à distância das pessoas sadias. Ele faria o mesmo com um aidético. Repare como ele conversava com mulheres adúlteras, comia com publicanos e viveu seus últimos momentos entre dois ladrões.
Jesus não somente toca as pessoas necessitadas de cura física ou espiritual. Ele ainda se deixa tocar por elas. Foi o que aconteceu com a mulher que, havia doze anos, vinha sofrendo de uma hemorragia, e a quem ninguém havia podido curar. Ela “veio por trás dele e lhe tocou na orla da veste, e logo se lhe estancou a hemorragia” (Lc 8.44).
Em Jesus você pode tocar. Dele emana poder. Poder suficiente para encher o vazio de sua vida.
Mas não pense em toque palpável. Nós lidamos com um Deus que é espírito, e não carne. De fato, Jesus se fez carne e habitou entre nós (Jo 1.14). Agora, entretanto, ele não está fisicamente aqui. O toque de que você precisa neste exato momento é o toque por meio da fé. Tão real e tão válido como os toques físicos mencionados nos Evangelhos. Em Jesus você pode confiar.
Raízes na profundidade, frutos no topo
Uma das promessas de Deus ao rei Ezequias garantia que o remanescente da casa de Judá tornaria a lançar raízes na profundidade e produziria frutos no seu topo. (2Rs 19.30)
Raízes para baixo e fruto para cima. Essa é uma associação inquestionável. A raiz não depende do fruto, mas o fruto depende da raiz. A raiz permanece oculta, debaixo da terra, e o fruto eleva-se para o alto, à vista de todos.
A preocupação do cristão deve ser com as raízes e com os frutos. Ele precisa e pode dar muito fruto. Todavia se ele não se preocupar com as raízes, a árvore vai secar e será lançada ao fogo (Mt 7.19). É por meio das raízes que a planta se forma, alimenta-se, cresce e dá frutos. Elas se arrastam sob a superfície do solo até os veios d’água e deles se abastecem (Jr 17.8).
Não se pode dar mais importância ao fruto do que à raiz. O fruto verdadeiro é uma consequência natural da raiz. O segredo está na raiz. Na parábola do semeador, Jesus deixou bem claro que a semente lançada em solo rochoso perde-se por completo porque, ao sair a plantinha, o sol a queima. Por não ter raiz, a planta é de “pouca duração” (Mt 13.1-23). É a raiz que dá sustentação à planta.
Deixando de lado a alegoria, raízes na profundidade e frutos no topo significam seriedade no relacionamento com Deus. Significam piedade pessoal autêntica. Significam vida devocional rica. Significam compromisso permanente com o Senhor. Significam renúncia de tudo aquilo que atrapalha a comunhão com Deus. Significam ausência total de hipocrisia. Significam apego a Jesus Cristo. Significam confiança absoluta em Deus.
A tentação de se preocupar mais com os frutos do que com as raízes é enorme por causa da satisfação pública. Os frutos estão no topo e não na profundidade da terra. E a tendência humana é zelar mais pela aparência do que pela profundidade. Não obstante, o fruto, a quantidade de fruto e a qualidade do fruto dependem da raiz: “Se alguém permanece em mim e eu nele, esse dá muito fruto” (Jo 15.5).
◆ Extraído do livro Cuide das Raízes, Espere pelos Frutos. Pr. Elben César | Ed. Ultimato
A produção de Cuide das Raízes, Espere pelos Frutos foi inspirada na insistente ênfase do pastor
Elben César: é preciso alimentar-se da Palavra de Deus – estar na presença de Deus, deixar que ele
fale e falar com ele – e confiar que o resto virá.
Fundador de Ultimato, Elben se definia como um Bibliodependente. Todos os dias, dedicava horas
à leitura das Escrituras e à oração. O devocionário, primeiro livro do pastor Elben após a sua
morte, é resultado dos escritos inspirados por esses momentos.
Cuide das Raízes, Espere pelos Frutos traz textos inéditos e outros já publicados, alguns iniciados e
uma montanha de anotações de leituras bíblicas, além de vasta correspondência que o pastor
mantinha com familiares, amigos, missionários e leitores da revista.

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